A especialização em determinadas áreas médicas e o maior aporte de recursos públicos, principalmente por parte do Estado e da União, são as alternativas defendidas pela prefeita de Parobé para contornar a crise financeira dos hospitais.
No caso específico do município que administra, Gilda Kirsch cita que a Prefeitura realiza uma injeção anual de R$ 3,6 milhões para manter o hospital São Francisco de Assis, o único da cidade. “É dinheiro que poderíamos investir numa série de obras que a comunidade reclama ou mesmo na qualificação do nosso próprio plantão médico e nos demais postos de saúde”, pondera.
A chefe do Executivo explica que o hospital parobeense recebe mensalmente R$ 100 mil do Sistema Único de Saúde pelas internações (AIHs), acrescidos de R$ 57 mil referentes aos procedimentos ambulatoriais. “E, se fosse para incorporar os atendimentos que hoje são encaminhados a Porto Alegre, precisaríamos de, no mínimo, um milhão de reais a cada mês para manter a casa”, projeta.
Segundo Gilda Kirsch, recentemente. o atual governo estadual apresentou um avanço, ao propor um valor de R$ 50 milhões para socorrer os hospitais filantrópicos, além de um montante igual que poderia ser obtido a partir de empréstimos junto ao Banrisul.
Mesmo assim, segundo ela, o Rio Grande do Sul continua sendo o estado que menos investe em saúde, enquanto a União deixa de cumprir suas obrigações com a área, sobrecarregando os municípios. Por isso, defende a aprovação imediata da Emenda Constitucional 29, que obrigaria o Estado a destinar 12% do seu orçamento à saúde e o governo federal, no mínimo,10%.
Além desses novos parâmetros, a prefeita de Parobé apregoa uma atuação em rede dos hospitais da região, no sentido de que cada um deles se aperfeiçoe em áreas médicas específicas. “Aqui, em Parobé, por exemplo, podemos nos especializar em cardiologia e traumatologia”, exemplifica.
Ainda sobre a situação do hospital São Francisco de Assis, destacou que a atual administração vem lutando para manter as finanças equilibradas.
Mesmo assim, a casa possui uma dívida pendente de R$ 13 milhões junto ao INSS, adquirida no tempo em que ainda era gerida por uma associação particular, o que impede a obtenção do certificado de filantropia.
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