A prefeita de Parobé representou a diretoria da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) em reunião ocorrida na tarde desta segunda-feira, em Porto Alegre, para tratar do problema dos hospitais filantrópicos do Estado. O encontro reuniu as entidades que integram o Movimento SOS e diversos representantes do governo estadual, entre eles o vice-governador Beto Grill e os secretários Ciro Simoni, da Saúde, e Afonso Motta, do Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas.
O secretário Simoni anunciou uma proposta financeira para socorrer as 239 unidades de hospitais filantrópicos existentes no Estado. O valor totaliza R$ 50 milhões, sendo R$ 36 milhões liberados pela União ao Estado, a título de custeio para a saúde, e outros R$ 14 milhões do Tesouro do Estado. O governo também ofereceu um financiamento, via Banrisul, de mais R$ 50 milhões, com juros de 0,8% ao mês.
Gilda Kirsch lembrou que a busca por recursos junto aos hospitais filantrópicos é uma luta antiga dos prefeitos gaúchos, de modo que a proposta apresentada pelo governo do Estado representa um avanço. A prefeita, que é a 1ª secretária da Famurs, destacou a necessidade de debater também a situação dos 43 hospitais municipais, localizados em 42 cidades gaúchas. “Precisamos ampliar o repasse de recursos e qualificar o atendimento regionalizado. É preciso pensar no futuro, caso contrário, de tempos em tempos, teremos que reivindicar um novo aporte financeiro”, pontuou.
Segundo dados divulgados pela Famurs, os hospitais sem fins lucrativos acumulam dívidas superiores a R$ 1 bilhão. Somente em 2010, o déficit das 239 unidades hospitalares foi de R$ 310 milhões. Para cada R$ 100,00 gastos pelos hospitais, a remuneração é de apenas R$ 64,50, existindo um déficit de 55% entre custo e receita.
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