O rio Paranhana teve seu curso alterado de forma drástica nos últimos meses na divisa entre os municípios de Parobé e Taquara. A água já avançou em torno de 40 metros, levando parte da cabeceira da ponte que liga as duas cidades e chegando muito próximo da Av. das Nações.
Essas alterações trouxeram preocupações para a Administração Municipal de Parobé, que busca soluções para o problema. Uma das medidas foi a colocação de uma barreira de pedras junto à estrutura da ponte, utilizando uma base feita com material trazido de pedreiras. O serviço, coordenado pela Secretaria de Obras, é executado com uma escavadeira hidráulica obtida pela prefeita Gilda Maria Kirsch junto ao governo estadual.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Alexandro de Oliveira, as mudanças no rio decorem em boa parte ao crescimento urbano, que foi de cerca de 40% nos últimos 10 anos, combinado com as chuvas fortes que ocorreram com mais intensidade nos meses recentes. “Com o aumento de áreas construídas, há menos jardins e gramas, ao mesmo tempo em que se tem a destruição da mata ciliar, mais calçadas e asfaltos, além de desmatamentos e colocação de lixo em lugares inadequados”, descreve.
Ainda segundo o secretário, esses fatores provocam menos absorção de água pelo solo, aumentado a força das enxurradas, que elevam rapidamente o nível do rio, causando o desmoronamento das margens e, consequentemente, o desvio do leito. A previsão de custos para solucionar o problema é de aproximadamente R$ 15 milhões, incluindo-se a realização de uma dragagem no leito do rio. A medida, todavia, depende de licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
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