O resultado da investigação sobre um crime bárbaro na zona norte de Porto Alegre foi divulgado nesta terça-feira (13) pela 5ª Delegacia do Departamento de Homicídios.
O garoto de programa Fernando Chaves Gomes (foto abaixo), de 21 anos, natural de Passo Fundo, foi encontrado com mais de 100 perfurações de faca em dezembro de 2017 na Estrada Martim Félix Berta, no bairro Mario Quintana.

(Foto: reprodução Facebook)
A polícia acusa uma mulher de 23 anos, moradora de Parobé e ex-namorada de Gomes, presa na última quarta-feira (7), e um empresário de 34 anos, de São Paulo, encontrado morto na semana passada no dia em que policiais gaúchos iriam prendê-lo — ele jogou-se da janela do seu apartamento.
CRIME PASSIONAL
O assassinato, que incluiu tortura, foi gravado e enviado por WhatsApp para dois mandantes do crime, que são ex-namorados do jovem, e teriam encomendado o assassinato por ciúmes.
Os agentes também prenderam dois executores e apontaram o envolvimento de dois adolescentes, sendo um deles uma jovem de 16 anos usada para atrair a vítima. Outra mulher foi indiciada por ter emprestado o apartamento onde o crime aconteceu.
O PLANO
De acordo com informações da Polícia Civil, o planejamento do crime teria começado em setembro do ano passado. A suspeita é de que a parobeense tenha iniciado contatos com presidiários e, a partir daí, financiada pelo empresário paulista, contratado uma facção criminosa. A estimativa da polícia é de que tenham pago R$ 8 mil pela morte.
Dois executores, de 21 e 19 anos, estão presos. Eles não tiveram seus nomes divulgados. Também foi apontado o envolvimento de dois adolescentes — uma delas, a menina usada para atrair o garoto de programa —, mas o caso deles foi encaminhado para o Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca).
CRUELDADE
Segundo a delegada Luciana Smith, no cenário do crime o jovem foi amarrado e torturado com golpes de faca. No vídeo, Gomes implora para não ser morto depois de mencionar os nomes dos dois possíveis mandantes do crime.
O garoto de programa sofreu dezenas de facadas pelo corpo antes de ser enrolado em um lençol e ter o corpo transportado no porta-malas de um carro até cerca de três quadras do edifício, onde foi abandonado e espancado até a morte.
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