Foto: DivulgaçãoAlunos da EMEF Arlindo Martini durante o projeto Jovens Mapeadores
A Educação Ambiental de Taquara está novamente em evidência. Os projetos “Jovens Mapeadores na Redução de Riscos de Desastres Ambientais” e “Cartografia Social e Saneamento Ambiental em Olhos D’água” ficaram entre os 20 destaques no 1º Prêmio Nacional Educação Ambiental em Ação, dentre mais de 300 projetos inscritos do país, sendo os únicos do Vale do Paranhana, Sinos, Serra e Litoral. Os projetos serão publicados na edição da revista eletrônica Educação Ambiental em Ação, que será lançada em abril.
Para o secretário municipal de Educação, Cultura e Esportes, Antônio Edmar Teixeira de Holanda, este é um momento de plena felicidade. “Quando soube do prêmio sabia que tínhamos possibilidades de participar com nossos projetos e seríamos destaque. Trabalhamos intensamente a Educação Ambiental no Município, professores e alunos, coordenados pela professora Sabrina do Amaral, fazem ações e atividades muito enriquecedoras ao Meio Ambiente. Por todo este esforço é que o reconhecimento é merecido e deve ser sabido por todos”, relata o secretário.
A coordenadora da Educação Ambiental de Taquara, Sabrina do Amaral, comemora. “Com esses projetos fomos selecionados como as 20 melhores práticas de educação ambiental do Brasil. E para a nossa surpresa tivemos dois projetos destaque, enviamos dois e os dois foram premiados. O que pra nós é um imenso orgulho, pois garante a qualidade dos nossos projetos e o comprometimento dos nossos educadores e alunos”, revela Sabrina.
Ela explica que o projeto “Cartografia Social e Saneamento Ambiental em Olhos D’água”, foi elaborado por alunos e professores da Escola Municipal de Ensino Fundamental Antônio Martins Rangel, trabalhou o saneamento rural e já ganhou vários prêmios. A proposta metodológica baseou-se na Cartografia Social, com a construção de mapas a partir da participação da comunidade, constituindo-se num processo de educação ambiental e mobilização social em saneamento.
“O projeto já está em sua terceira fase. Foi destaque no Vale do Paranhana, a sua primeira fase ganhou como melhor projeto luso de educação ambiental, em Portugal, como destaque do evento. Venceu a Mostratec Junior de 2015, com a segunda fase do projeto, sendo o precursor para a iniciação científica nas escolas municipais de Taquara, que, em 2016, lançou a Feira Municipal de Iniciação Científica de Taquara (FEMICTA). Na revista, traz a terceira etapa com as sugestões de modificação para melhorar o saneamento ambiental. Inclusive com a participação dos estudantes na construção do Plano Municipal de Saneamento Básico”, menciona Sabrina.
Já o projeto “Jovens Mapeadores” foi realizado em parceria com a Defesa Civil. Sabrina conta que a municipalidade contratou o Instituto Gaia Guria para auxiliar na metodologia de cartografia, de mapeamento coletivo, promovendo o protagonismo juvenil acerca dos riscos e desastres ambientais no Município. Participaram do projeto 20 escolas, com 16 alunos, integrantes das Comissões de Meio Ambiente (ComVidas). “As oficineiras do instituto foram três vezes em cada escola. Os alunos foram a campo para identificar o que aprenderam nas oficinas, pontuando cada situação de risco e desastre ambiental, finalizando com um banner de cada bairro. Depois fizemos um fórum na Semana do Meio Ambiente, com estas 20 escolas, para socializarem o seu mapa”, comenta.
Segundo a coordenadora ambiental, hoje os alunos, sabem identificar os problemas existentes nas localidades em que vivem. “Sabem a ação a ser tomada quanto ao desastre percebido, a quem recorrer, o que fazer. Temos um banner com os riscos e desastres ambientais de cada bairro, e temos um banner do Município, que integra a prioridade de cada bairro. É um mapeamento jovem, mas tem muito a contribuir, mesmo não sendo científico, aplicou metodologia científica inicial. Temos certeza que o projeto é muito interessante, aliás, não é por acaso que ganhou um prêmio nacional”, afirma Sabrina.
Parecer dos editores da Revista Educação Ambiental em Ação sobre o projeto Jovens Mapeadores: O projeto cumpriu os requisitos expostos e teve como objetivo formar jovens capazes de reconhecer fatores que implicam em risco ambiental e que sejam tomadores de ações preventivas em relação aos ambientes com risco de desastres ambientais. Os jovens foram iniciados no projeto através de oficinas, o que provocou o seu envolvimento maior com os propósitos do projeto. O projeto poderá ser replicado por instituições de diferentes instâncias, promovendo maiores possibilidades de sucesso no enfrentamento de situações de desastres ambientais.
Parecer dos editores da Revista Educação Ambiental em Ação sobre o projeto Cartografia Social e Saneamento Ambiental em Olhos D’água: O projeto cumpriu os requisitos expostos e tem como objetivo formar uma sociedade participativa, com a construção de mapas, sendo esta uma ferramenta de EA e mobilização social para que haja maior comprometimento com o saneamento para alterar a realidade do município. Foram promovidas oficinas onde a técnica de Cartografia foi referência para a estratégia de soluções para o saneamento. O projeto poderá ser replicado e, outros municípios, com apoio de Secretarias e também de Universidades.