quinta-feira, 24 de maio de 2018

Filósofo abre congresso na Faccat defendendo universidades mais comprometidas com a realidade

Começou nesta quarta-feira (22) na Faccat o 1º Congresso Internacional de Responsabilidade Social Universitária. Na abertura do evento, realizada no Centro de Eventos da instituição, o filósofo francês e professor da Pontifícia Universidade Católica do Peru, François Vallaeys, abriu as discussões com a palestra “Gestão e Conhecimento para a Transformação da Sociedade”.
Valleys, que é presidente da União de Responsabilidade Social Universitária Latinoamericana (Ursula) e especializado em ética aplicada e responsabilidade social universitária, citou o pedagogo e filósofo brasileiro Paulo Freire como uma de suas principais referências educacionais. Ele trabalha em um ideal de educação em que as universidades têm a responsabilidade de oportunizar ao mundo impactos sociais legitimados pelo conhecimento.
— O conceito de responsabilidade social tem o dever de fazer a diferença também em questões de administração. Por isso, é importante que nossos esforços não sejam somente de reflexão, mas de implementação, aplicação e institucionalização. O grande objetivo da Ursula é fazer da universidade um palanque de desenvolvimento para a comunidade — defende o professor.
QUEBRA DE PARADIGMAS
O presidente da Ursula também defende a quebra de paradigmas educacionais e, ao citar o filósofo francês Emmanuel Levinas, o rompimento de que universidades sejam apenas “fábricas de títulos”, criando agentes que legitimem o conhecimento e o apliquem de modo a causar impacto de transformação social.
— O mundo sabe mais de formação de jovens líderes em situação de perigo social do que os bancos da universidade. Se queremos saber mais sobre o tema, devemos dialogar com o mundo. Então, devemos “sair da caixa”, deixar a torre de marfim universitária para nos vincularmos à realidade social — afirma.

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