quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Expedição mapeia pontos críticos do rio Paranhana



Técnicos das prefeituras de Parobé e Taquara percorreram um trecho do rio Paranhana nesta quinta-feira com o intuito de mapear os pontos mais críticos, principalmente no que diz respeito ao assoreamento do leito, que é causa de constantes enchentes. O grupo cumpriu de barco o trajeto que vai da divisa com o município de Igrejinha, no bairro Casa de Pedra, até as proximidades da ponte que liga Parobé a Taquara. No trajeto, fizeram medições, colheram imagens fotográficas e registraram as coordenadas geográficas dos locais que apresentam os problemas mais sérios.


Segundo o geólogo Roberto Teixeira, da Secretaria de Meio Ambiente de Parobé, observou-se que, na maior parte do trecho, o leito do rio é bastante raso, com um altura média de 60 a 80 centímetros. “Há raros locais em que a água passa de um metro de altura”, considerou, avaliando que o quadro se agrava devido à estiagem que atinge a região.

Entretanto, boa parte do assoreamento está relacionada aos desbarrancamentos laterais, decorrentes do corte da mata ciliar. “Verifica-se um grande acúmulo de sedimentos em praticamente toda extensão do rio, misturando areia, pedras, troncos e galhos de árvores, sem falar na grande quantidade de lixo, como pneus e garrafas plásticas”, acentuou o geólogo. De acordo com ele, um dos pontos mais assoreados se situa justamente nas imediações da ponte que liga as duas cidades, onde o rio já ameaça várias residências situadas na margem, do lado de Taquara.

Roberto Teixeira explicou que o levantamento realizado deverá servir para um projeto de desassoreamento e retificação do leito do Paranhana entre Igrejinha, Parobé e Taquara, o qual precisará ser inicialmente submetido à aprovação da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para posterior busca de recursos junto a órgãos federais.


“Pelo grande volume de serviço a ser feito, sem dúvida, será uma obra cara”, avaliou o geólogo do Meio Ambiente parobeense. Ele esteve acompanhado, durante a expedição, da colega bióloga Irene Souza e do agrônomo Leandro Menegon, este da Secretaria de Meio Ambiente de Taquara. Também participaram da vistoria no rio o coordenador da Defesa Civil de Parobé, Abel Barcellos da Silva, e o sargento José Luiz Silva dos Santos, da guarnição de bombeiros também de Parobé.

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