sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Cinco escolas de Parobé ganharão fanfarras em 2012



Uma experiência de sucesso no trabalho com música em escolas de uma cidade paulista será introduzida em Parobé a partir do próximo ano letivo. Cinco escolas de nível fundamental da rede do município irão participar de um projeto piloto para implantação de fanfarras, um tipo de formação musical que imita as tradicionais bandas marciais, porém com uso de menos instrumentos.


Nos dias 19 a 21 deste mês, uma comitiva chefiada pela secretária municipal de Educação, Máris Assis, esteve em Atibaia, no interior de São Paulo, para conhecer o projeto in loco. O grupo incluiu três estudantes que fazem parte da Banda Municipal de Parobé e que já foram convidados para trabalharem com monitores das fanfarras a serem criadas nas escolas locais.

Dener Patrick da Silva, Edson Felipe Klippel Vieira e Patrícia Daniele Schons, todos de 16, anos voltaram entusiasmados pelo que viram e ouviram na viagem. “A gente pôde notar que Atibaia realmente adotou essa manifestação cultural e se orgulha disso, pois há referências a ela na maioria das fachadas das lojas e das casas”, observou Edson, referindo-se aos grupos musicais escolares.


Em Atibaia, os jovens assistiram à 2ª Copa Municipal de Fanfarras Mirins, que reuniu representações das escolas atibaienses participantes do projeto Música e Cidadania. Em companhia da secretária e das coordenadoras pedagógicas Fabrícia Machado de Oliveira e Célia Bresolin, além do maestro André de Oliveira, que dirige a Banda Municipal, também visitaram um dos colégios inseridos na iniciativa, a fim de conhecer a experiência na prática.


Porta de entrada para um
mundo cheio de possibilidades






Dener, Edson e Patrícia estão atualmente matriculados em escolas estaduais, uma vez que já concluíram o ensino fundamental, mas, mesmo assim, mantém os vínculos com a Banda Municipal de Parobé, onde tocam há vários anos. O trio também têm em comum o fato de dominar um instrumento considerado de difícil aprendizado: o saxofone. “Lembro que, quando a Parícia ainda estava aprendendo, chegava a correr sangue da boca até que ela criasse a chamada embocadura”, relata a mãe da garota.


Cristiane da Silva e o marido Leandro Schons assistiram pela internet à transmissão do evento no qual a filha estava presente em São Paulo. Ambos acompanham muito de perto a vida escolar de Patrícia e têm certeza de que o bom desempenho dela nos estudos se deve em boa parte à música. Na sua opinião, o trabalho com arte também ajudou muito a jovem no controle da hiperatividade. “Para a criança que ainda não têm uma personalidade formada, a música abre portas a um mundo convidativo, cheio de possibilidades e saudável”, testemunha a estudante.

Segundo a coordenadora pedagógica Célia, a visita a São Paulo serviu para mostrar que o êxito de uma iniciativa como o de Atibaia depende da adesão dos diretores de escolas. A ideia, complementa a secretária Máris, é desenvolver um projeto piloto de implantação de fanfarras em cinco escolas de séries iniciais do Ensino Fundamental de Parobé, a partir do início do próximo ano letivo. “Assim, estaremos oferecendo aos alunos mais uma alternativa no contraturno, além de favorecer a aproximação entre família e escola e formar instrumentistas para a nossa Banda Municipal”, salienta.

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