sexta-feira, 29 de julho de 2011

Parobé se mobilizou para enfrentar mais uma enchente




Graças à soma de esforços entre poder público e voluntários, o saldo de mais uma enchente em Parobé não foi ainda mais trágico e devastador. A cidade enfrentou a sua quinta inundação dentro de curto espaço de tempo, provocada por uma chuva intensa que se estendeu durante todo o dia e noite desta quarta-feira.


Em conseqüência, houve o transbordamento do rio Paranhana, que invadiu ruas e casas dos bairros Mariana, Solar, Paraíso e 15 de Junho. O mesmo aconteceu no loteamento São João, na sede distrital de Santa Cristina, onde um arroio também saiu de seu leito natural.


No começo da tarde desta quinta-feira, a Defesa Civil de Parobé contabilizava, pelo menos, 180 famílias desalojadas. A maioria delas estava na casa de vizinhos, parentes e amigos. Outras 30 foram abrigadas no ginásio da escola Noemy Fay dos Santos, no bairro Nova Guarujá, onde as primeiras já começaram a chegar no começo da noite passada.


A água, porém, entrou em centenas de casas, causando perda de móveis, roupas e outros pertences dos moradores.

A Administração Municipal passou a monitorar a situação desde a tarde da quarta-feira. No início da noite, ante à iminência de enchente, a prefeita Gilda Kirsch convocou uma reunião em seu gabinete para estabelecer um plano de ação.


O esforço para socorrer as vítimas varou a madrugada desta quinta-feira, envolvendo a Defesa Civil e várias secretarias municipais, como as de Assistência Social, Meio Ambiente, Obras e a de Segurança e Trânsito, além da própria prefeita e sua vice, Nelsi Lázaro. O Corpo de Voluntários de Parobé foi mobilizado para retirar moradores ilhados, num esforço que também incluiu representantes de empresas de rafting de Três Coroas, que trouxeram botes para socorrer homens, mulheres e crianças das casas inundadas. Proprietários de barcos igualmente se juntaram aos trabalhos de resgate, promovendo uma mobilização que se estendeu pelas primeiras horas da manhã desta quinta-feira.


“Felizmente, não tivemos vítimas fatais”, avaliou o coordenador municipal da Defesa Civil, Abel Barcellos da Silva, lamentando, todavia, o ocorrido no bairro 15 de Junho, onde duas pessoas ficaram feridas durante incêndio numa casa justamente na hora em que a enchente começava a se formar.


Ao final da manhã de hoje, as águas do rio Paranhana, começaram a baixar, aliviando os moradores. A Prefeitura trata agora de providenciar colchões e cobertores às vítimas. Pede-se à comunidade que colabore com doações de alimentos, calçados e roupas em bom estado para adultos e crianças.


Nesta quinta-feira, os donativos podem ser levados diretamente para o local onde se encontram as famílias abrigadas, na escola Noemy, e a partir de amanhã devem ser encaminhados à central de arrecadação da Campanha do Agasalho, na igreja Voz de Alerta.

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