quinta-feira, 14 de julho de 2011

Conferência da Saúde pede mais investimentos no setor



A necessidade de ampliar os investimentos no setor, principalmente em nível federal e estadual, transpareceu nos pronunciamentos e proposições da 5ª Conferência Municipal da Saúde de Parobé. O evento organizado pelo Conselho Municipal e Secretaria Municipal da Saúde ocorreu na tarde da última sexta-feira no auditório da Secretaria da Educação (Smed), contando com cerca de 50 participantes.

Foi um número bem aquém das expectativas da organização, que distribuiu 250 convites. “Era o momento de as pessoas tomarem conhecimento de como funciona a saúde em nosso município e apresentarem suas reivindicações, mas, infelizmente, o quórum foi baixo”, ponderou a titular da Pasta responsável, Andréa Eismann, salientando o esforço realizado para divulgação do evento junto à comunidade.

O mais importante para ela, todavia, foi a qualidade dos debates e o grau de envolvimento dos participantes durante a progamação. Na abertura, conduzida pelo presidente do Conselho Municipal da Saúde, Elois Selomar dos Santos, a prefeita Gilda Kirsch destacou os avanços obtidos desde que assumiu a Administração Municipal.

“Não havia um hospital que atendesse toda a comunidade, nem um plantão médico próprio. Hoje, tudo isso é realidade, os postos foram reformados e ampliados, mas ainda há o que melhorar”, pontuou.


A chefe do Executivo pediu a mobilização de esforços em prol da aprovação da Emenda 29, que obriga o Estado a investir 12% do seu orçamento em saúde e a União a destinar 10%. “Atualmente, com os poucos recursos que tem, o município presta cerca de 9 mil atendimentos mensais, mas, para isso, temos que tirar dinheiro de outros setores, como as obras”, enfatizou.


A Secretaria Municipal da Saúde exibiu um vídeo explicativo, detalhando a estruturação do setor em âmbito nacional. Na sequência, houve uma palestra de Odil Gonçalves Gomes, membro do Conselho Estadual da Saúde, que falou de seu entusiasmo pelo SUS.


Os problemas, no seu entender, decorrem muito mais de falhas individuais cometidas pelos próprios profissionais do que de desajustes do sistema. “As pessoas precisam ter a noção de que nada é gratuito, nem o remédio, nem as vacinas, pois tudo precisa ser pago com o dinheiro público”, completou.


Os participantes foram separados em grupos para debate e formulação de propostas aos três eixos temáticos da conferência: “Acesso e acolhimento com qualidade”, “Participação na comunidade e controle social” e ainda “Gestão do trabalho e da educação em saúde”.


Após submetidas ao grande grupo, foram aprovadas proposições e eleitos os delegados que representarão Parobé na Conferência Estadual da Saúde, marcada para setembro próximo, em Tramandaí.


Conforme a secretária Andréa, também nesse momento ficou evidenciada a preocupação com a ampliação dos investimentos em nível de União e Estado, conforme apregoa a Emenda 29.

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