A exemplo dos colegas de outros municípios, a prefeita de Parobé foi pega de surpresa, no início da manhã desta quarta-feira, com a Operação Cartola, realizada pela Polícia Civil em oito prefeituras gaúchas. Gilda Kirsch estava se deslocando a Porto Alegre, onde iria tratar de assuntos referentes ao setor da Saúde, quando foi informada de que um contingente policial estava junto à sede da Administração Municipal.
A mandatária decidiu retornar imediamente a Parobé e convocou assessores a auxiliarem na localização dos papéis solicitados, já que a Prefeitura não tem expediente administrativo pela manhã. Os policiais e auditores ficaram até por volta do meio-dia, recolhendo documentação referente a empenhos, notas fiscais e processos licitatórios. Eles estiveram nas secretarias de Gestão e Controle, Cultura e Educação, as duas últimas situadas fora do prédio da Prefeitura. À tarde, o expediente foi normal em todos os setores da Administração Municipal.
Ao falar sobre a Operação Cartola, a chefe do Executivo disse que, apesar do inesperado da ação, está tranquila, pois todas as licitações da Prefeitura de Parobé são feitas com lisura e transparência. “Além disso, temos o Tribunal de Contas, que realiza fiscalizações periódicas”, sublinhou.
Segundo Gilda Kirsch, a contratação da agência PPG foi uma maneira encontrada para agilizar os procedimentos, objetivando principalmente a publicação dos atos oficiais do Executivo.
O contrato entre as partes foi celebrado em 1º de julho de 2008, após concorrência pública que contou com a participação de várias outras empresas.
A PPG tem sob sua responsabilidade a prestação de serviços de propaganda e publicidade no que diz respeito à divulgação de atos, programas, obras, serviços e campanhas de interesse público e comunitário. Também está apta a executar planejamento, criação, produção, distribuição, veiculação, publicidade legal, promoção de eventos, registros de marcas, expressões de propaganda, logotipos e outros elementos de propaganda visual. O contrato ainda contempla o planejamento e montagem de estandes em feiras e exposições, pesquisas de mercado e de opinião pública, além da divulgação de eventos do município, inclusive de caráter turístico.
Gilda Kirsch fez questão de tranqüilizar a comunidade, ressaltando que nenhum agente público municipal de Parobé está sob suspeita de ter cometido irregularidade referente à Operação Cartola, mesmo porque o principal alvo da investigação são as empresas apontadas e não as prefeituras. “Ao menos aqui em nossa cidade, apenas houve busca de documentos, e todos eles já tinham sido fiscalizados pelo Tribunal de Contas”, enfatizou.
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