Uma operação da Delegacia de Combate ao Abigeato e Crimes Rurais (Decrab) interditou três frigoríficos nesta terça-feira (12) nas cidades de Parobé e Taquara, suspeitos de comercializar carne sem condições de consumo. Foram apreendidos e inutilizados 600 quilos de alimento impróprio.
Reportagem do jornalista Giovani Grizotti, da RBS TV, veiculada hoje no JA, mostrou que estabelecimentos também são suspeitos de abater gado roubado e ainda de terem beneficiado a carne de animais que já chegavam mortos aos locais.
Quinze mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Entre os alvos, estão mercados e estabelecimentos comerciais que compravam a carne. Os nomes dos investigados ainda não foram divulgados.
O médico infectologista da Ulbra Cláudio Marcel Stadnik diz que há sérios riscos à saúde dos consumidores.
— Assim como a carne é rica em proteínas e muito bom alimento para nós seres humanos, também é muito bom alimento para as bactérias, os vírus e os protozoários. Então, imediatamente a partir do abate, a partir da morte, começa o processo de apodrecimento — afirma o especialista.
O médico diz que a carne beneficiada horas após a morte do animal, como é a suspeita investigada pela polícia, pode causar desde infecções intestinais e até mesmo problemas cerebrais. Uma das suspeitas das autoridades é que as vezes morriam durante o transporte nos caminhões boiadeiros.
OITO MESES DE INVESTIGAÇÃO
Durante oito meses, a Decrab investigou uma quadrilha envolvida com abigeato e constatou que, algumas vezes, uma das empresas recebeu animais que já chegaram mortos ao frigorífico. Neste período, a Polícia Civil e a Seapdr apreenderam aproximadamente 10 toneladas de carne imprópria para o consumo humano.
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