terça-feira, 16 de junho de 2020

Sítio de R$ 6 milhões usado por criminosos para lavagem de esquema de pirâmide é saqueado

Um sítio localizado em Taquara foi depredado e saqueado por criminosos após operação policial que apreendeu judicialmente o imóvel adquirido por grupo que montou pirâmide financeira e causou prejuízo de mais de R$ 25 milhões em cerca de cem vítimas da região. Foram levados móveis, eletrodomésticos e até o motor da piscina. A Polícia Civil instaurou inquérito e lacrou a propriedade, avaliada em R$ 6 milhões, para evitar novas invasões.
— Representamos por ordem judicial e fizemos a lacração do bem imóvel para proibir a entrada de qualquer pessoa — observou o delegado titular da DP de Três Coroas, Ivanir Luiz Moschen Caliari.
Nesta terça-feira (16), 14 pessoas foram indiciadas no esquema. Os suspeitos vão responder por estelionato, crime organizado e lavagem de dinheiro. A estimativa atual da investigação é de que 200 pessoas tenham sido lesadas pelos criminosos.
O CASO
Na operação Faraó foram cumpridas 17 ordens judiciais, sendo 12 mandados de busca e apreensão e outros dois mandados de prisão preventiva em Taquara, Rolante, Igrejinha, Santo Antônio da Patrulha e Porto Alegre.
Segundo Caliari, a investigação apontou que a organização criminosa montou um esquema envolvendo à compra de imóveis com valores em dinheiro alcançados pelas vítimas com a promessa de repasse de lucro decorrentes de negociação futura. Essas quantias, após um determinado período, não eram mais devolvidas, pois a compra e venda dos imóveis nunca existiu.
Caliari diz que os suspeitos vão responder por estelionato, crime organizado e lavagem de dinheiro. O inquérito foi encaminhado à Justiça, com 2.470 páginas. As investigações da operação Faraó, que havia sido desencadeada no último dia 5, identificaram um patrimônio dos envolvidos superior a R$ 10 milhões. Ele citou, como exemplo, 30 veículos e 36 imóveis que já estão judicialmente indisponíveis.
O imóvel possui uma casa luxuosa, cercada com uma grade escura que se distingue das demais cercas feitas com mourão e arame farpado na localidade de Cabriúva, entre os distritos de Tucanos e Rio da Ilha

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