sábado, 10 de fevereiro de 2018

Atendimento à Mulher combate a violência familiar em Parobé

O Atendimento à Mulher de Parobé visa à discussão sobre o papel da mulher na sociedade e na família, além de combater a violência no âmbito familiar. Os grupos são formados por pessoas envolvidas em situações de violência doméstica no âmbito familiar, os atendimentos seguem os modelos utilizados das Comarcas de Porto Alegre e Caxias do Sul, que possuem altos índices de eficácia.
Os grupos são frutos de programas e políticas públicas, e desenvolvidos por profissionais integrados à rede de atendimento à mulher, e tem como coordenadora Roberta Jordana da Silva. Que implementou os grupos Atendimento à Mulher, Orientação e Reflexão (Amor) e Atendimento, Reflexão e Orientação aos Homens (AROH), ambos ocorrem na sede do Atendimento à Mulher, nos bairros Vila Nova, Moro da Pedra, Fazenda Pires e na UBS Central, com um grupo específico para atendimento às gestantes.
O Atendimento à Mulher de Parobé atende em conjunto com a rede de atendimento à mulher, que é formada pela Delegacia de Polícia Civil, Brigada Militar, Ministério Público, Fórum, Serviços de Saúde, Educação e Assistência Social. E muitos dos atendimentos feitos são indicados pelos órgãos da rede, que informam ao serviço, que realiza o contato com o homem ou a mulher que estejam envolvidos em situação de violência no âmbito familiar.
OS GRUPOS DE APOIO
Logo após esse contato, a pessoa é acolhida pelo serviço e em seguida passa para um dos Grupos, que funcionam em ciclos, que duram 10 encontros semanais. No momento, o município atende cinco grupos.
Os Grupos AMOR, atendem uma média de 14 à 20 mulheres cada, com encontros semanais, onde são debatidos temas com empoderamento feminino, Lei Maria da Penha, o papel da mulher e do homem na sociedade atual, educação dos filhos, ciclo da violência, entre outros temas relativos as mulheres.
O Grupo AROH, tem como finalidade ajudar os homens a refletir sobre o atual papel da mulher na sociedade, nele são apresentadas informações sobre como a mulher é vista e tratada, com base em conhecimentos histórico-culturais, além de falar sobre aspectos da Lei Maria da Penha e a necessidade de reavaliação da forma com a qual se tratam as mulheres. Esse grupo conta com a participação de forma voluntária da psicóloga Tauane Picinini.
Além desses dois grupos também há o Grupo de Higiene Pessoal e Saúde da Mulher (HPSM), e o grupo de Gestante. O HPSM, já teve cinco encontros, eles ocorrem mensalmente e para participar é preciso um cadastramento prévio no Atendimento à Mulher. O grupo é ministrado pela enfermeira Claudiane Faccin, voluntária do projeto. Já o Grupo de Gestantes é feito em parceria com a Secretaria de Saúde, no Prá Mamãe com a enfermeira Graziela Neitzke. Para participar as gestantes devem ir na UBS Central e pedir pelo grupo.
O atendimento à Mulher também oferece o Atendimento Avançado, que após acolhimento, havendo necessidade, psicólogas voluntárias atendem no setor. Esse tipo de atendimento é coordenado pelas psicólogas Camila Elena Ribeiro Machado e Jane Maria Livi.
ATENDIMENTO
Os atendimentos para as mulheres no Atendimento à Mulher são de segunda a quarta-feira, para os homens de quinta a sexta. No período do verão em horário especial, das 7h às 13h, no prédio onde funciona o Procon, atrás do Ginásio Municipal Décio Francisco da Costa. Os grupos funcionam na parte da tarde, os locais e horários não são divulgados para que quem participa tenha a segurança de que não será exposto, dizer que participa do grupo é uma escolha de quem participa.
De acordo com Roberta Jordana da Silva os grupos são uma ferramenta de diálogo e transformação.
— A mudança deve sempre vir daquela pessoa que procura o serviço, nós não mudamos as pessoas, nós lhes damos as ferramentas reflexivas e emocionais necessárias para que possam escolher a melhor forma para quebrar o ciclo de violência dentro do seu círculo familiar — explica.
Já para o prefeito Moacir Jagucheski, investir em políticas públicas de combate à violência é o melhor caminho para construir uma sociedade justa.
— O investimento nesse tipo de ação é garantia de igualdade de direitos e consequentemente mais qualidade nas relações.

Nenhum comentário: