A prefeita de Parobé comandou na tarde desta quarta-feira, em seu gabinete, nova reunião para tratar das medidas a serem tomadas ante o fechamento da fábrica da Vulcabras/azaleia no município. Gilda Kirsch estava em Brasília no começo da semana, quando foi surpreendida pela notícia, e não pôde participar das primeiras tratativas a respeito da questão.
No encontro de hoje, novamente estiveram presentes emissários do governo estadual. Vieram o diretor da Secretaria do Trabalho e do Desenvolvimento Social, Luiz Müller, e o assessor técnico da Câmara Setorial Coureiro-Calçadista, Ivan Braz. Também participaram representantes da Fundação Gaúcha do Trabalho (FGTAS), do Sistema Nacional do Emprego (Sine), do Conselho Municipal de Desenvolvimento (Comude), da Câmara de Vereadores e do Sindicato do Sapateiro.
A reunião resultou em algumas decisões sobre os primeiros passos a serem dados a fim de amenizar o impacto econômico e social provocado pela desativação da unidade produtiva. Os representantes do governo estadual garantiram a realização de cursos de qualificação para reinserção dos empregados demitidos no mercado de trabalho. Além disso, acenaram com a liberação de microcrédito para aqueles que quiserem empreender, abrindo o seu próprio negócio.
Também foi decidida a formatação de um documento com propostas concretas de auxílios a serem solicitados pelo município ao Estado e à União. A proposta será elaborada com a ajuda de lideranças comunitárias, que estão sendo convocadas para um café da manhã na próxima sexta-feira, na sede do sindicato patronal do calçado, a fim de discutir o assunto. A intenção da prefeita Gilda Kirsch é levar a pauta pessoalmente ao governador Tarso Genro, no começo da próxima semana. Para quinta-feira, a chefe do Executivo já tem agendada uma reunião conjunta com vários ministros em Brasília, entre os quais o titular do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, com quem conversou por telefone nesta quarta.
Segundo Gilda, o impacto do fechamento da Azaléia é muito forte sobre a receita do município, pois respondia por 22% da arrecadação de ICMS, o que significa cerca de R$ 2,6 milhões. Mesmo com o revés, a mandatária não deu sinais de abatimento: “Parobé é maior que a Azaléia e não vai quebrar por causa do fechamento da fábrica”, sublinhou. Ela lembrou que, até alguns anos atrás, a empresa respondia por 12 mil empregos, que estavam reduzidos a 3 mil até recentemente. “Mesmo assim, a cidade conseguiu se manter, nossa arrecadação cresceu e desta vez não será diferente, se houver a união de toda a comunidade e contarmos com o apoio estadual e federal”, enfatizou Gilda Kirsch.
Nenhum comentário:
Postar um comentário