Os campeonatos Pan-americano e Sul-americano de Canoagem Slalom, que ocorrem de 18 a 21 de outubro, em Três Coroas, terão um personagem local especial.
Sério e concentrado. Essas são as características marcantes do três-coroense Cássio Ramon Petry, atual técnico da seleção brasileira de canoagem slalom.
O ex-atleta olímpico, quando criança, não imaginava que a brincadeira de menino ao lado do irmão mais velho Jarbas, no Rio Paranhana, se tornaria sua paixão na vida adulta. Já são 27 anos, dos 40 de vida, dedicados inteiramente à Canoagem Slalom.
Criado nas corrredeiras do rio que corta a região, um dos principais celeiros da canoagem brasileira, Petry iniciou na modalidade aos 13 anos, quando procurou a Associação Trescoroense de Canoagem (Asteca), dando início aos treinos. Quatro anos depois, em 1996, ele passou a integrar a equipe brasileira de canoagem e a viajar o mundo em busca de títulos nas copas e mundiais.
TRAJETÓRIA MUNDO AFORA
No total, foram sete participações em campeonatos mundiais, sênior, um campeonato mundial júnior, além de pan-americanos e sul-americanos.
— Consegui a 21ª colocação no campeonato mundial júnior, em 1996, na República Tcheca. Também fui vice-campeão, em 2005 e em 2003, no Pan-americano dos Estados Unidos, no C1 (canoa individual) — relembra.
No cenário mundial, Petry também participou dos Jogos Olímpicos de Sidney, em 2000 (foto abaixo), quando obteve a 14ª colocação. A carreira de atleta só chegou ao final em abril de 2016, mas o assunto estava em pauta desde 2012.
— O meu primeiro filho nasceu em agosto de 2012, então, eu já estava pensando, antes mesmo do nascimento dele, em deixar a vida de atleta para conseguir ficar mais próximo da família. No mesmo ano, também não consegui a vaga olímpica para os Jogos de Londres, mas, por algum motivo, o amor pela canoagem falou mais alto e continuei mais quatro como atleta — revela.
A princípio, ele garante que não pensava em ser técnico.
— Até quando eu ia parar minha carreira como atleta, não tinha interesse em ser técnico. Mas, por outro lado, nunca me vi fora da canoagem — comenta, observando que esse foi um dos motivos que o fez posteriormente aceitar o convite de ser técnico feito pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).
O convite balançou o coração e mais uma vez Petry cedeu ao esporte.
BONS RESULTADOS
À frente da seleção desde janeiro de 2017, ele tem obtido bons resultados e sonha alto com a nova carreira.
— Não é fácil ser técnico, porque acredito que o líder da equipe não pode errar, para que os atletas não tenham que se preocupar com nada além do treino. Planejar treino e organizar a equipe é cansativo, porém muito gratificante ao mesmo tempo — admite.
Entre os títulos ele cita as medalhas de ouro (K1 Extremo – modalidade não olímpica de caiaque) e bronze (C1) conquistadas por Ana Sátila na Copa do Mundo Canoagem Slalom 2018, em Augsburg, na Alemanha. Neste ano, a canoísta também conquistou a medalha de bronze, no C1, na Copa do Mundo de Canoagem Slalom na Cracóvia, Polônia, e prata na Copa do Mundo de Slalom da Eslováquia, no K1 Extremo.
— Eu trabalho sempre para a equipe e o meu objetivo é ser um dos melhores técnicos no cenário mundial da Canoagem Slalom. Sou muito novo ainda nesse trabalho, mas nesse período já obtive bons resultados com a equipe — ressalta.
Além desses títulos, Petry frisa a conquista de quatro medalhas durante o Rio Open, que ocorreu em março desde ano.
MAIS INFORMAÇÕES SOBRE A COMPETIÇÃO
Além das duas competições internacionais, o evento também contará com outras demonstrações esportivas, apresentações artísticas e shows musicais.
O ingresso para o Parque Municipal das Laranjeiras custa R$ 8 por pessoa. Moradores de Três Coroas pagam meia entrada, mediante comprovante de endereço. Para acampar, a diária é de R$ 20. Haverá transporte gratuito.
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