quarta-feira, 1 de julho de 2020

Ciclone bomba deixa rastro de destruição no RS; Paranhana teve menor intensidade

O ciclone bomba que passou pelo Rio Grande do Sul entre a noite de terça-feira (30/06) e a madrugada desta quarta-feira (1/07) espalhou um cenário de guerra por todo o Estado, com postes de energia caídos dentro das cidades, na área rural e em rodovia. Muitas estradas estão total ou parcialmente interrompidas em diferentes regiões e localidades gaúchas, em cenário que se soma a casas destelhadas e árvores arrancadas do solo, especialmente no Interior.
Além da destruição em diversas regiões do Rio Grande do Sul, o vendaval e a chuva podem ter deixado pelo menos uma vítima, em Nova Prata, na Serra. A Defesa Civil Estadual ainda aguarda perícia para confirmar a influência das condições climáticas no momento da ocorrência, que acabou causando a morte de um trabalhador da construção civil. A perícia deve atestar se o deslizamento se deu em decorrência da chuva, que favorece a instabilidade do solo.
Já no início da manhã a Defesa Civil contabilizava mais de mil pessoas desalojadas e quase 900 residências destelhadas total ou parcialmente, em cidades como Iraí, no norte do Estado, onde o vendaval danificou cerca de 300 casas.
Em Porto Alegre, foram registradas rajadas de vento de 85 km/h na região do aeroporto Salgado Filho às 4h da manhã. Houve queda de árvores em várias regiões da capital, interrompendo o trânsito, e as sinaleiras também foram prejudicadas.
PARANHANA TEVE MENOR INTENSIDADE
Nas cidades de Rolante e Três Coroas, os transtornos do tempo também não foram intensos. Diferentemente de ontem, quando havia ponto de alagamento no bairro Grassmann, os rios estavam dentro da calha nesta manhã. O coordenador da Defesa Civil, Leandro Gottschalk, explica que ventou durante a madrugada, mas houve somente três chamados de corte de árvore e problema em poste.
Em Três Coroas, também houve poucos registros de estragos, como algumas árvores e postes caídos e arroios transbordando. A Defesa Civil da cidade diz que em 24 horas foram 120 milímetros de chuva.
Nas outras cidades houve alguns registros de queda de árvores e alagamentos.
RODOVIAS
O ciclone bomba também afetou o trânsito nas rodovias gaúchas em cidades com Erechim, no norte do Estado, onde chegou a ocorrer o bloqueio total da pista na BR 153, no km 40, devido à queda de árvores. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o fluxo foi liberado ao longo desta manhã. Na mesma região, na ERS- 135, sentido Erechim a Getúlio Vargas, ainda há três pontos, de acordo com a PRF.
Na BR 116, no Km 70, em Campestre da Serra, o trecho também ficou totalmente obstruído pelos dados do ciclone bomba. Com auxílio de maquinário da prefeitura do município o tráfego de veículos também já foi retomado parcialmente, fluindo pelo acostamento. As equipes trabalharam também em problemas que dificultaram o fluxo devido a nova queda de árvore na BR 116, no km 42, em Vacaria. O bloqueio total foi necessário, ainda, em Sentinela do Sul, BR 116, km 345, mas com tráfego já fluido.
Em Nova Roma do Sul, a ERS-448, no km 24, houve interrupção total por deslizamento de base e asfalto, de acordo com Comando Rodoviário da Brigada Militar no Estado. Equipes do Grupo Rodoviário de Farroupilha atuam no local e recomendam o acesso e saída de Nova Roma do Sul somente por Antônio Prado. Na ERS- 389, no km 70, em Rondinha, seis árvores caíram sobre a pista nesta madrugada e foram retiradas com ajuda do Corpo de Bombeiros no início da manhã, com interdição ainda parcial da pista.
*Com informações do Jornal do Comércio

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