domingo, 22 de setembro de 2019

Desfile Farroupilha une gerações de cavalarianos rolantenses

Os cavalarianos de Rolante não se intimidaram com o tempo fechado. Encilharam os cavalos e vieram de diversas localidades para participar do Desfile Farroupilha. O tradicionalismo passa de geração a geração e enche de orgulho aqueles que desfilam, garbosos, com filhos e netos.
Valdomiro da Rosa, 77 anos, conta, com um sorriso no rosto, que desfila desde os 17 anos. Mesmo quando ainda nem existia o CTG Passo dos Tropeiros, entidade esta que ele fala, orgulhoso, que foi o primeiro patrão.
— Quando eu era gurizote desfilava pelo CTG Chico Borges, em Santo Antônio da Patrulha, e pelo Fogão Gaúcho, em Taquara. Eu nasci assim, bem gaúcho. Não pensei: ah, vou experimentar ser gaúcho. Há 37 anos trago a chama crioula para Rolante, com meus amigos. E ano que vem, se assim Deus me permitir, vou buscá-la em Canguçu — diz Valdomiro da Rosa.
O Piquete de Laçadores 3 Estâncias não poderia ficar de fora do desfile. O patrão da entidade, José Vilmar Gomes (Gima), acompanhado pelo vice-patrão, Leonardo Wust, e mais alguns integrantes do 3 Estâncias, comenta que o Piquete tem 52 anos de existência, 60 integrantes, sem contar as esposas e os filhos.
— Somos uma grande família — diz Gima.
Na concentração do desfile, não é raro encontrar pais e filhos lado a lado em seus cavalos, esperando o momento de desfilar pelo centro da cidade até chegar ao CTG para a missa crioula. César Vanderlei Dörr, 44, participa do Desfile Farroupilha há dez anos, em Rolante, e há dois anos conta com a companhia do filho, Wellington Vanderlei Dorr, 7.
— Ter a companhia dele é tudo de bom — diz Dörr, visivelmente emocionado.
Muitas duplas de pais e filhos, rodeados de amigos, fizeram bonito no desfile de Rolante. Mas impossível não notar o pequeno Luiz Henrique Ferreira Rovêa, 3, desfilando ao lado do pai, Cristian Rovêa, 25.
— Desfilo desde os 4 anos. Este é o primeiro desfile do meu filho, no próprio cavalo. É um orgulho muito grande poder passar a ele os ensinamentos que aprendi com meu pai e meu avô — conta Rovêa.

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