A Secretaria de Assistência Social de Parobé tenta identificar famílias para incluí-las no CadÚnico, que é o referencial do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para o gerenciamento de programas sociais. Conforme explica a titular da Pasta, Ângela Pandolfo Rambo, o município conta com 2.602 famílias cadastradas no sistema, das quais 1.213 recebem benefício do Bolsa Família. Porém, o número representa apenas a metade do que consta nos dados do Governo Federal, com base em levantamentos sócio-demográficos, e terá que ser atualizado até novembro próximo. “São famílias que, segundo as informações, podem estar passando por dificuldades de diversas ordens, mas não aparecem aqui para se cadastrar”, explica a titular da Assistência Social.
Angela acredita que, em muitos casos, o fenômeno esteja ocorrendo por desinformação das pessoas, que não sabem da existência de políticas publicas para superação de suas adversidades. Ela cita como exemplo o próprio Bolsa Família, cujo critério básico de participação é uma renda per cápita mensal não superior a R$ 140,00. Além de um valor fixo mensal, a família tem direito a receber um acréscimo para o limite de até três crianças e outro auxílio referente a dois membros jovens de 16 ou 17 anos, bem como descontos nas despesas com luz e água. Os beneficiários podem participar, ainda, das oficinas de qualificação oferecidas pela Assistência Social para uma futura profissionalização.
Na tentativa de chamar e sensibilizar as pessoas que estão fora do CadÚnico, a Assistência Social vem lançando mão de vários instrumentos, contando com a ajuda da Secretaria Municipal de Educação e Conselho Tutelar. O esforço inclui até mesmo a contratação de um serviço de som, que está percorrendo os bairros da cidade e localidades do interior, divulgando o trabalho que está sendo feito para colocar mais famílias no cadastro nacional. Segundo Angela Rambo, não se trata de uma situação atípica em Parobé, mas uma realidade que também se observa em outros municípios, onde o número de usuários dos programas sociais não bate com os dados sócio-econômicos da população.
A secretária de Assistência Social destaca a importância do CadÚnico, que serve de parâmetro para todas as políticas setoriais amparadas por verbas federais, a exemplo das que são canalizadas para a área habitacional. “Temos que atingir a meta de duplicar o número de famílias cadastradas”, enfatiza Angela, acrescentando que a medida terá como conseqüência o aumento dos repasses a Parobé, bem como o aumento de número de beneficiados pelo Bolsa Família.
Além de buscar novas inclusões no CadÚnico, a Secretaria da Assistência Social está realizando o recadastramento de todos que são contemplados pelo Bolsa Família. Para ambos os casos, os interessados devem comparecer na Secretaria de Assistência Social, situada na rua Vera Cruz, 721, próxima ao Ginásio Municipal de Esportes, de segunda a quinta-feira, do meio-dia às 18h, e na sexta-feira, das 8 às 14h, com toda documentação das pessoas que residem na casa. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail asocial@parobe.rs.gov.br e pelos fones 3953-1037/3953-1059.